IBR realiza primeiro exame da Bahia de Karatê Adaptado para pessoas com deficiências

O Instituto Bahiano de Reabilitação (IBR) realizou, nesta sexta-feira (10) , em sua sede, o primeiro exame de faixa de Karatê Adaptado para pessoas com deficiências na Bahia. Utilizada para minimizar sequelas dos soldados da Segunda Guerra Mundial, essa prática esportiva tem sido empregada com eficiência no tratamento dos pacientes do IBR. A iniciativa integra o Programa Vida Saudável, da Fundação José Silveira (FJS), voltado à reabilitação esportiva inclusiva. A instituição é a primeira da Bahia a implantar a modalidade como terapia auxiliar para pessoas com deficiências neuromotoras.

O supervisor do Programa, Danilo Haun, comenta quais são os objetivos do Programa Vida Saudável: “a iniciativa busca reabilitar e incluir pacientes com deficiências físicas e/ou intelectuais, de ambos os sexos, com idade superior a seis anos, por meio do esporte”. Segundo ele, as atividades esportivas visam o progresso do indivíduo dentro das suas patologias, além do aspecto da fisioterapia, melhorando, assim, as suas limitações e sua autoimagem. “O ponto alto do Programa é a evolução no aspecto social. Os participantes ficam muito contentes por estarem incluídos no cenário esportivo. O maior ganho deles, sem dúvida, é a felicidade por participar de um esporte que pessoas sem limitações praticam”, enfatizou.

Segundo o educador físico do IBR, Erick Chaves, através desta arte marcial é possível trabalhar equilíbrio, força, flexibilidade, dinâmica e coordenação motora, além de proporcionar melhora no aspecto cardiovascular e outros ganhos. “A tendência de quem possui alguma limitação é esquecer o membro que possui a deficiência. Nós focamos na utilização daquele membro. Quando ele menos percebe, já está realizando novos movimentos no membro trabalhado nas atividades”, comentou.

Erick Chaves ressaltou que, apesar de trabalhar a modalidade esportiva de forma adaptada, utiliza o mesmo programa de ensinamentos. “Prova disso é que nossos vinte alunos fizeram o exame de faixa no mesmo período que as pessoas sem limitações, em quatro meses de atividades”.