A passagem do Dia Internacional contra a Corrupção em Salvador foi marcada por uma programação especialmente organizada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF). A Fundação José Silveira (FJS) apoiou o ciclo de eventos, que teve o objetivo principal de conscientizar e mobilizar o cidadão na luta contra a impunidade. O ato público realizado pelos órgãos competentes, no último domingo, foi marcado por uma caminhada e contou com uma Unidade Móvel da FJS, que prestou atendimentos de saúde gratuitos ao público, na orla, no trecho do Jardim dos Namorados. No dia seguinte, houve uma tarde de palestras e debates, na sede do Ministério Público.

Um dos pontos altos foi a premiação concedida às equipes que se destacaram na gincana estudantil “Todos contra a corrupção” e aos alunos que venceram o concurso de redação sobre o tema, atividades que envolveram as escolas da rede municipal de ensino de Salvador. Na ocasião, o assessor institucional da FJS, Carlos Dumet, fez a entrega simbólica do prêmio ao grupo de estudantes da Escola Municipal Dois de Julho. “Participar deste movimento é gratificante, pois reafirma o compromisso de reforçar essa luta comum contra atos corruptos e pelo fim da impunidade”, comentou Dumet. O secretário municipal de Educação, Jorge Khoury, enfatizou a importância da iniciativa: “a educação é a base para formar cidadãos mais conscientes”.

“É fundamental que todos se incorporem neste esforço de repudiar as práticas corruptas, algo incorporado na sociedade que precisa ser combatido com firmeza”, salientou o procurador geral de Justiça do MPBA, Wellington Lima e Silva. Ele elogiou o apoio da FJS e dos demais parceiros: “todo o esforço dos órgãos e parceiros envolvidos merece aplauso e estímulo, pois é uma luta para exorcizar a cultura da corrupção”. Na avaliação da promotora do MPBA, Rita Tourinho, “é uma mudança de mentalidade que passa pelo processo educativo e pela importância de reforçar a transparência junto à população”. Para ela, “o envolvimento de entidades sem fins lucrativos que prestam serviços no setor público, como a Fundação José Silveira, referenda a importância desta mobilização”.

Papel do cidadão
Segundo a procuradora Melina Montoya Flores, que atua na Divisão de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal na Bahia, “os órgãos se uniram para chamar a atenção do cidadão e reforçar o papel de cada um para que haja o controle social da corrupção”. A procuradora destacou a contribuição de instituições apoiadoras deste movimento, como a Fundação José Silveira, “pois é necessário que haja uma atuação conjunta, do poder público e da sociedade, para combater a corrupção”. O mesmo argumento foi enfatizado por Adriano Assis, promotor do Ministério Público e coordenador do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa (Gepam). “Somente através da união de esforços vamos combater esse mal incorporado no cotidiano, nos pequenos atos corruptos que contrariam a ética”, disse Assis.

“É preciso que a sociedade deixe de encarar a corrupção como algo normal, pois todo ato ilegal deve ser combatido e denunciado, através da vigilância permanente de todos”, ressaltou o auditor federal de Controle Externo e secretário do Tribunal de Contas da União na Bahia, Antonio França da Costa. O representante da Controladoria Geral da União, Romualdo Anselmo dos Santos, reforçou “a intenção de mostrar ao cidadão que esse é um problema de todos, que precisa ser encarado com indignação e enfrentado com compromisso ético”.