A população baiana passará a contar com novos serviços de transplante de fígado e de medula óssea e com uma unidade de oncologia clínica, no Hospital Espanhol. A ampliação da instituição hospitalar é uma das conquistas após 100 dias desde que a Fundação José Silveira (FJS) firmou a parceria para gestão da unidade hospitalar, em articulação com a Real Sociedade Espanhola de Beneficência, integrando um consórcio formado para a recuperação do Hospital Espanhol. A instituição estava fechando as portas pelo alto volume de endividamento e uma crise sem precedentes. Junto com a FJS, participam do consórcio o Governo do Estado, tendo à frente à Secretaria de Saúde e a Secretaria de Administração, o Desenbahia, o Banco do Nordeste (BNB) e a Caixa Econômica Federal. O lançamento dos serviços médicos especializados será nesta segunda-feira (19/08), às 14h30, quando será apresentado um balanço das transformações nesses 100 dias e as perspectivas atuais.

Com uma gestão focada em resultados e alinhada com as definições do novo Conselho Administrativo, integrado pelos membros do consórcio e da Real Sociedade Espanhola, o Hospital Espanhol supera as dificuldades e reforça os serviços prestados. “Uma das medidas de impacto foi a reabertura da Unidade de Emergência Geral e Obstétrica, com capacidade total de atendimento”, cita o diretor médico do Hospital, nomeado pela FJS, Álvaro Nonato. No total, foram reabertos 45 leitos de Terapia Intensiva, dos quais 10 na UTI neonatal e 15 na Unidade de Recuperação Neurológica e Cardiológica (URNC). Foram reativados 97 leitos de internação, divididos entre 58 apartamentos e 39 vagas na enfermaria. Atualmente, são 230 leitos disponíveis. Os serviços incluem a manutenção da hemodiálise, bioimagem, laboratório e hemodinâmica, além do suporte da Cardiologia pediátrica e de exame de ecocardiografia na UTI neonatal.

“Junto com a reestruturação, estamos criando serviços que visam suprir a demanda assistencial da população”, enfatiza o diretor médico e cirurgião oncologista Álvaro Nonato. A oferta dos novos serviços reafirma o êxito no processo de recuperação do Espanhol, que teve uma acentuada queda de atendimentos e chegou a ter apenas oito pacientes internados, quando teve início o novo ciclo de gestão há 100 dias. Naquela época, a instituição enfrentava sérias dificuldades, como o desligamento de equipes médicas e de profissionais de saúde, o descrédito por parte de parceiros e fornecedores e um clima de desmotivação interna, gerado por fatores como o atraso no pagamento da folha salarial.

“Foi preciso realizar um minucioso diagnóstico e intervir em áreas estratégicas, com agilidade e eficácia, para fazer com que as coisas voltassem a funcionar dentro da normalidade”, afirma Carlos Dumet, assessor institucional da FJS designado para atuar à frente da gestão administrativa, junto com a gerente Laura Queiroz. “Buscamos resgatar a credibilidade, renegociando débitos com fornecedores e tranquilizar os colaboradores, com a regularização do pagamento da folha salarial”, complementa Laura.

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