Desde a gripe espanhola não vimos uma doença com tal magnitude e rapidez de progressão como a Covid-19. Atualmente contam-se notificados à Organização Mundial da Saúde em 18 meses, 3,9 milhões de óbitos no mundo, dentre eles mais 500 mil brasileiros. É claramente um problema de saúde pública mundial. Chama atenção aos fatores de risco para a progressão de COVID-19 para um estágio grave e crítico, estes incluem idade avançada, sexo masculino, comorbidades subjacentes, como hipertensão, diabetes, obesidade, doenças pulmonares crônicas, doenças cardíacas, hepáticas e renais, tumores e GRAVIDEZ.

Em 2020, a Fundação José Silveira não parou de atender aos seus clientes e colaboradores. Reforçou as atividades de controle da transmissão do Covid-19 dentro de suas unidades diante do compromisso em promover e cuidar da saúde das pessoas. O Comitê de Atenção à Covid-19 reviu e monitorou os requisitos de segurança criando protocolos para as unidades de saúde; promoveu ações de rastreamento contínuo e ativo da Covid-19; promoveu o programa Clube da Saúde que incluiu práticas para redução de stress e promoção da qualidade de vida; e por fim as atividades das Unidades Assistenciais de Saúde foram adaptadas para a continuidade do atendimento. Quanto ao atendimento aos clientes, focando nas gestantes, visto que é um importante foco da FJS, foram criados protocolos que proporcionaram o atendimento seguro a mais de 11.000 gestantes desde o pré-natal até o parto (tabela).

Atenção à gestante nas unidades da Fundação José Silveira durante a pandemia de Covid-19 de 01/2020 até 05/2021
Unidade da FJSLocalizaçãoPartosAtendimento obstétricos***Óbitos evitáveis****
ou por Covid-19
2020*2021**Total20202021Total20202021
Hospital Santo AmaroSalvador3.0441.3244.3685.3512.5867.93700
Santa Casa (Hospital São Judas Tadeu)Jequié4.0491.6695.71810.8754.71815.59300
Hospital Cristo RedentorItapetinga7544011.1558594431.30200
Total 7.8473.39411.24117.0857.74724.83200
FJS: Fundação José Silveira; * – janeiro a dezembro; ** – janeiro a maio; *** – atendimentos hospitalares; **** – óbitos com identificação de sinais de evitabilidade.

O Brasil tem conseguido um progresso significante na diminuição do óbito materno. Em 2018, a Razão de Mortalidade Materna (RMM) brasileira foi de 59,1 mortes maternas a cada 100 mil nascidos vivos. Este número é bem menor do que o RMM de 140/100 mil no início da década de 90. Vale frisar que o Nordeste brasileiro ainda teve RMM de 67,1. O óbito materno neste sentido definido como a morte de uma mulher, ocorrida durante a gestação, parto ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, por qualquer causa relacionada com a gravidez, não incluídas causas acidentais ou incidentais.

As gestantes e puérperas vêm se despontando como um grupo de preocupação por causa de seu crescimento em termos de morte materna. O Brasil tem o maior número de óbitos relatado do mundo e uma assustadora taxa de letalidade de 7,2%, ou seja, mais que o dobro da atual taxa de letalidade do país, de 2,8%. No ano de 2020, foram 544 óbitos em gestantes e puérperas por Covid-19 no país. Até maio de 2021, já tinham sido registrados 911 óbitos, denotando um aumento preocupante.

Neste sentido, destaca-se que a Fundação Jose Silveira, com seus 11.241 partos, não teve mortalidade materna em suas unidades associada à Covid-19 ou com qualquer outro sinal de evitabilidade.

O óbito materno está muito relacionado às complicações obstétricas durante gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções desnecessárias, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos resultantes de qualquer dessas causas. Entre os óbitos maternos ocorridos no Brasil, de 1996 a 2018, as causas obstétricas diretas que se destacaram foram: hipertensão, hemorragia, infecção puerperal e aborto. Muitas destas causas diretas são evitáveis com um cuidadoso acompanhamento pré-natal. A Fundação José Silveira ofereceu a mais segura assistência durante os quase 25.000 atendimentos, que certamente reduziu a probabilidade de óbito materno.

Durante a pandemia, todo o cuidado além da atenção direta à gestante foi direcionado para a proteção da infecção à grávida. Seguindo rigorosamente as orientações do Ministério da Saúde, foram adotados protocolos clínicos, normas e diretrizes para o acolhimento inicial e manejo adequado, para as gestantes e puérperas com suspeita ou confirmação da Covid-19.  Com relação aos atendimentos de rotina durante o período de risco de transmissibilidade, as unidades da Fundação José Silveira ofereceram triagem laboratorial diferenciada, inclusive para pacientes assintomáticas, além da segregação de fluxos de casos suspeitos ou confirmados, dos demais atendimentos. Além disso, as unidades adotaram medidas para que não ocorresse descontinuidade do tratamento ou da investigação de condições clínicas como neoplasias, Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), sangramento uterino aumentado, entre outras condições cuja interrupção pudesse repercutir negativamente na saúde da mulher. Neste sentido, os protocolos do MS e da própria FJS foram seguidos para o atendimento à gestante, resultando em ausência de mortalidade devido à Covid-19 dentro das unidades da Fundação José Silveira, reforçando o compromisso da instituição com o cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – Saúde Bem Estar, assegurando uma vida saudável e promovendo o bem estar por meio de serviços acessíveis, disponíveis e de qualidade.

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