Os pacientes da Fundação José Silveira contam com os benefícios da Terapia Assistida por Animais com a participação de Simon, um cão familiar da raça Golden Retriever que vem sendo treinado há um ano na instituição para realizar intervenções com crianças, adultos e idosos. Nesta quinta-feira (30), Simon esteve no Instituto Bahiano de Reabilitação (IBR), em Ondina, para mais uma importante etapa do seu treinamento, uma avaliação simulada, com a presença de sua condutora, da treinadora e da equipe assistencial da unidade, composta por terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicóloga e fonoaudióloga.

A capacitação de Simon, que também atua como voluntário no Centro de Reabilitação Nice Aguiar, da Santa Casa de Jequié, já contou com etapas que envolveram a ambientação, socialização e rotinas de convívio com pacientes e profissionais da reabilitação. Com a conclusão dos treinamentos das equipes assistenciais da instituição, tanto de Jequié, quanto de Salvador, o programa se torna uma prática na reabilitação da Fundação José Silveira, uma vez que em seu estágio, Simon passa a realizar intervenções semanalmente, além da rotina diária de treinamento.

Avanços no tratamento

A implementação da Intervenção Assistida por Animais, na modalidade Terapia Assistida por Animais, colabora com as terapias que a Fundação José Silveira oferece, pois é complementar às terapias indicadas para cada paciente. Em visita ao IBR na última quarta-feira (29), Simon teve o primeiro contato com Levi Barbosa, de 6 anos de idade e com diagnóstico de lesão encefálica infantil adquirida, e devido à presença do cão na unidade, o desenvolvimento do paciente já foi evidente.

“Levi hoje demonstrou um crescimento grande só com a chegada de Simon aqui no setor e permitiu que eu me aproximasse dele, coisa que ele nunca tinha permitido antes. Ele permitiu que eu segurasse o andador para que ele pudesse se deslocar e chegar até Simon, deu tchau para Simon, depois me olhou nos olhos e soltou um beijo. Nas vezes anteriores, o pai estava aqui para poder contê-lo mesmo, pelo seu comportamento agressivo, e dessa vez, o pai saiu e Levi ficou do início ao fim”, relata Elaine Bahia, fisioterapeuta.

Para a treinadora de cães, Janaína Ganzer, esse relato é importante, pois revela que apenas a visita de Simon gerou todo esse avanço. Para o pai do garoto, Edmilson Barbosa, o sentimento é de gratidão, uma vez que a família chegou a pensar em desistir do tratamento, diante das dificuldades enfrentadas. E Josana Santos, condutora de Simon, afirmou que o aprendizado é contínuo e que mesmo durante os treinamentos, os depoimentos de profissionais e familiares, surpresos com o avanço dos pacientes, têm sido frequentes.
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