Mais de 9 milhões de pessoas no mundo vítimas da tuberculose em 2014. Dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) reforçam a importância da prevenção e do combate à doença. Referência no combate à tuberculose, a Fundação José Silveira (FJS) promoveu, entre os dias 21 e 24 de março, uma série de ações educacionais e de conscientização em referência ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24 de março). Como parte da programação, foram realizadas palestras, debates, seminários, avaliações nutricionais e sessão científica no Instituto Brasileiro para Investigação da Tuberculose (IBIT) e nas comunidades onde a FJS atua. Durante esta semana, a instituição ainda irá participar de dois eventos com a temática tuberculose, ambos promovidos pelo Programa Estadual de Controle da Tuberculose (PCT-BA) e pela Fiocruz.
O paciente do IBIT, Anderson José Santos, foi um dos que mais interagiu durante a Oficina Interativa Multidisciplinar, ocorrida no auditório do Instituto, no dia 24. Para ele, o momento coroou sua alta, recebida após seis meses de tratamento. “Quando eu soube que estava doente fiquei muito assustado, mas procurei o IBIT, e aqui tive todo apoio e atenção. Essa programação de hoje trouxe novas informações e esclarecimentos sobre os cuidados que devo ter com a minha saúde, por isso foi tão importante”.
Sessão Científica Especial
O ponto alto da programação foi uma Sessão Científica Especial, realizada no dia 23, com o tema “Teste Rápido Molecular no diagnóstico da tuberculose: impactos e novas perspectivas”. “Com a abordagem deste tema estamos fazendo um alinhamento de condutas para a implantação do teste rápido no IBIT”, anunciou o coordenador técnico-científico do IBIT, o médico patologista João Carlos Coelho Filho. O teste molecular é capaz de detectar a doença em até duas horas, enquanto o exame usado até hoje pode demorar mais de um mês para dar o resultado, com maior margem de erro. Palestrante do evento, a farmacêutica e bioquímica do Hospital Otávio Mangabeira, Silvania Cerqueira, informou ainda que “o exame também identifica se a pessoa tem resistência à rifampicina, principal antibiótico utilizado no tratamento, além de diminuir a cadeia de transmissão da doença”.
