Os rumos e desafios da luta contra a tuberculose na Bahia, no Brasil e no mundo estão em pauta na reunião que terá a presença de gestores dos governos estadual, municipal e federal, nessa quarta-feira (24 de julho), à tarde, na sede do Instituto Brasileiro para Investigação da Tuberculose (IBIT). Gestores e especialistas fazem um panorama sobre a incidência dessa enfermidade, quarta causa de morte por doenças infecciosas no Brasil, onde foram registrados 70 mil novos casos, só em 2012. A reunião integra a programação do IV Encontro de Pesquisa e Inovação em Tuberculose na Bahia, que prossegue até sexta-feira (26/07), no Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A Fundação José Silveira (FJS) é parceira na realização desse evento conjunto da Fiocruz e dos Institutos Nacional de Ciência, Inovação e Tecnologia em Saúde (Citecs) e de Saúde Coletiva (ISC), da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

O Instituto Brasileiro para Investigação da Tuberculose (IBIT), unidade matriz da FJS e reconhecido internacionalmente pelas ações de combate à doença há 76 anos, participará do Encontro com trabalhos produzidos por especialistas e pesquisadores do seu Centro de Pesquisas. Na sede do IBIT, será ministrado um Curso sobre Comunicação em Saúde, na quarta-feira pela manhã, como parte da programação. Em reconhecimento à importância dos trabalhos voltados ao controle da doença, a Fundação José Silveira (FJS) concederá o Prêmio que leva o nome do seu fundador, o professor José Silveira, às melhores produções científicas nessa área. A premiação é um dos destaques do IV Encontro de Pesquisa e Inovação em Tuberculose na Bahia.

Um dos pontos altos do Encontro é a conferência inaugural que será proferida por Paulo Bluss, ex-presidente da Fiocruz, sobre os fatores sociais que influenciam na alta taxa de incidência da doença, na quarta-feira, às 18h, na Reitoria da UFBA. A conferência é uma homenagem ao Professor José Silveira, um dos precursores da luta contra a tuberculose no país e fundador do IBIT.
O Encontro tem o objetivo de fortalecer e fomentar as pesquisas, além de propiciar o intercâmbio de conhecimentos e o acompanhamento do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, com dados sobre sua repercussão no território baiano e no país. Salvador é a terceira capital em número de casos, com uma média de 2.100 novos casos a cada ano, segundo estatísticas governamentais. Na Bahia, a taxa de incidência da doença é de 37,3 casos a cada 100 mil habitantes – no ano passado, foram seis mil pessoas vitimadas pela doença.