A Fundação José Silveira (FJS) assinou um convênio de cooperação técnico-científica com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz ) para o desenvolvimento de projetos e atividades de ensino e pesquisa. “A formalização dessa parceria existente há vários anos é motivo de muita alegria, pois vai dinamizar o trabalho desenvolvido pelo nosso Centro de Pesquisas, prioridade na estrutura da Fundação, junto com o IBIT”, afirmou a superintendente da FJS, Leila Brito, durante a solenidade de assinatura do protocolo de início dos trabalhos, ocorrida no dia 19 de novembro, no auditório do IBIT. Na ocasião, o presidente do Conselho de Curadores da FJS, Dr. Geraldo Leite, avaliou o ato como “um dia histórico, porque reafirma a origem da instituição, que nasceu e se projetou com a excelência científica idealizada pelo professor José Silveira”.

“Do outro lado onde está, José Silveira deve estar feliz com esse convênio, que sela o trabalho desenvolvido por duas instituições que primam pela qualidade do trabalho que desenvolvem e têm uma parceria de longa data”, enfatizou o pesquisador titular da Fiocruz, Sérgio Arruda. Entre outras realizações conjuntas da FJS e Fiocruz, ele citou a realização do III Encontro sobre Pesquisa em Tuberculose na Bahia, em 2012, e do IV Encontro de Pesquisa e Inovação em Tuberculose na Bahia, que propiciaram o intercâmbio entre pesquisadores do país e do exterior.
Em sua fala, Dr. Eduardo Netto, coordenador das pesquisas do IBIT, destacou a atuação da FJS e Fiocruz na implementação da Pesquisa Regional Prospectiva e Observacional em Tuberculose no Brasil (RePORT-Brasil), projeto inédito no continente americano. Ao enfatizar a importância desse projeto, ele assinalou que “é uma iniciativa que possibilitará avaliar melhor os marcadores da tuberculose, além de subsidiar o desenvolvimento de vacinas e novos medicamentos”.

União de esforços
FJS e Fiocruz unem esforços na luta contra a tuberculose. “Temos um laboratório de ponta e suporte na área de imunologia aliados ao consagrado trabalho clínico e científico do IBIT”, enfatizou Sérgio Arruda, que compareceu ao evento junto com a representante do Serviço de Planejamento e Cooperação da Fiocruz Bahia, Flávia Paixão. Segundo o coordenador técnico-científico do IBIT, João Carlos Coelho Filho, “no século XX, 80 por cento dos trabalhos científicos na Bahia sobre a tuberculose foram produzidos no IBIT”. Dr. João Carlos ressaltou a tradição da instituição na produção de novos conhecimentos e na discussão científica, por meio de sessões quinzenais criadas pelo professor José Silveira e realizadas até a atualidade.
“A Fundação José Silveira, desde o nascimento do IBIT dentro de um laboratório, tem uma vocação para a investigação científica, atividade que foi resgatada pela atual superintendente e pelo Conselho de Curadores, com a reativação do Centro de Pesquisas”, afirmou Dr. Eduardo Netto. Na avaliação da coordenadora do Centro de Pesquisa da FJS, Fátima Cardoso, “o espírito colaborativo da nossa equipe e dos integrantes da Fiocruz vai impulsionar a produção de novos trabalhos de pesquisa”.